sábado, 17 de janeiro de 2015

Hemorroidas

Hemorroidas têm tratamento e, na maioria dos casos, simples.

As tão faladas hemorroidas são simplesmente vasos sanguíneos dilatados, ou seja, de dimensões aumentadas, com apresentação mais saliente, comumente na região distal do reto e no ânus. O quadro inflamatório pode causar dor, além dos possivelmente presentes, prurido (coceira) e sangramento anal. Existem dois tipos de hemorroidas, internas e externas, conforme a sua localização:
  • Hemorroidas internas: São aquelas que se desenvolvem dentro do reto e porção proximal (inicial) do canal anal, onde habitualmente permanecem, pelo que nas fases iniciais o doente não as vê nem as sente. São caracterizadas por perdas de sangue vivo e/ou exteriorização (o chamado prolapso ou protusão) durante a defecação, ocorrendo este último numa fase já mais avançada. Quando totalmente prolapsadas (exteriorizadas), sem possibilidade de re-introdução no canal anal, tem-se um quadro de dor forte.
  • Hemorroidas externas: Surgem na porção distal do canal anal, ou mesmo ao redor do orifício anal, sendo revestidas por pele muito sensível. A ocorrência de um coágulo sanguíneo no seu interior (também chamado de trombo) irá provocar um inchaço, sendo o local muito doloroso, e representado por um nódulo duro, azulado, muito incomodativo pelo prurido (coceira) e inflamação que o acompanha. O sangramento poderá ocorrer no caso de sua ruptura.
As hemorroidas podem apresentar variados graus: as de grau I: não prolapsam (não se exteriorizam); as de grau II: prolapsam (exteriorizam-se) através do ânus durante a evacuação, mas retornam à sua posição original espontaneamente; as de grau III: prolapsam através do ânus e só retornam para o interior do canal anal, caso haja ajuda manual e, por fim, as de grau IV, as quais estão prolapsadas (exteriorizadas) através do ânus, e o retorno não é possível nem mesmo com a ajuda manual.



As hemorroidas internas de grau I não são visíveis, e as de grau II normalmente passam despercebidas pelos pacientes, uma vez que geralmente ninguém fica olhando para o ânus enquanto defeca. E como o reto e o canal anal possuem pouca inervação, estes tipos de hemorroidas não costumam causar dor.
As hemorroidas externas, assim como as internas de grau III e IV, são facilmente identificadas e geralmente inflamam, causando dor, acompanhada ou não de prurido (coceira).
As hemorroidas são mais comuns do que se imagina. Elas aparecem principalmente em adultos jovens, entre os 20 e 50 anos de idade, estando, dentre outras causas, muito associadas a uma alimentação cada vez mais rica em produtos industrializados, pouca ingesta de água, porém, excesso de refrigerantes e sucos artificiais. No geral, o problema atinge homens e mulheres na mesma proporção, mas as mulheres costumam procurar um especialista com mais frequência. Estima-se que mais da metade da população acima dos 50 anos sofra desse problema em graus variáveis.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO
– Constipação intestinal (prisão de ventre, intestino preso).
– Esforço para evacuar.
– Obesidade.
– Diarreia crônica.
– Prender as fezes com frequência, evitando defecar sempre que há vontade.
– Dieta pobre em fibras.
– Gravidez.
– Sexo anal (não necessariamente como causador de hemorroida, mas um dos agravantes do quadro clínico).
– História familiar de hemorroidas.
– Tabagismo.
– Cirrose e hipertensão portal.
– Ficar longos períodos sentados no vaso sanitário e o uso incorreto do papel higiênico (uma vez que ao invés de tocar suavemente, sem raspar o papel higiênico sobre a área a ser higienizada, o ato de raspar o papel várias vezes gera irritação na mucosa anal, sendo aconselhado o uso da duchinha para higienização).

O hábito de evacuar agachado, muito comum no Oriente Médio e Ásia, está associado a uma menor incidência de hemorroidas. Por outro lado, evacuar sentado, como a maioria de nós geralmente faz, parece aumentar a sua incidência.
Ao contrário do que muitos pensam, apesar de a hemorroida ser uma espécie de varizes no canal anal, não é comprovado que pessoas que apresentam varizes nas pernas são mais propensas a desenvolverem o problema. “O mecanismo é totalmente diferente entre o retorno venoso dos membros inferiores e o funcionamento da circulação anal.

Independente dos fatores de risco, as hemorroidas se formam quando há aumento da pressão nas veias hemorroidárias ou fraqueza nos tecidos da parede do ânus, responsáveis pela sustentação das mesmas.
SINTOMATOLOGIA (QUADRO CLÍNICO)
As hemorroidas nem sempre geram sintomas. Como já mencionado, as hemorroidas internas tendem a ser menos sintomáticas, sendo que o único sinal indicativo da sua existência tende a ser a presença de sangue ao redor das fezes ao ato de evacuar.
O sangramento das hemorroidas tipicamente se apresenta como uma pequena quantidade de sangue vermelho vivo ao redor das fezes. Às vezes, o paciente pode notar pingos de sangue no vaso sanitário, após o término da evacuação. É comum também haver sangue no papel higiênico após a limpeza.
As hemorroidas internas podem causar dor, se houver a formação de trombo, ou quando o esforço crônico, contínuo, para evacuar causa o prolapso da hemorroida para fora do canal anal. As hemorroidas internas grau III e IV podem estar associadas à incontinência fecal e à presença de um corrimento mucoso, que provoca irritação e coceira anal.
As hemorroidas externas são, por via de regra, sintomáticas, estando associadas a sangramento e dor ao evacuar e ao sentar. Em casos de trombose da hemorroida, a dor pode ser intensa. O prurido (coceira) é outro sintoma comum, sendo as hemorroidas externas sempre visíveis e palpáveis.

Apesar de ser uma causa comum de hemorragia anal, é importante nunca assumir que o sangramento é devido às hemorroidas, antes de se consultar um médico. Várias doenças, como fissura anal, câncer do reto, doença diverticular e infecções, também podem se manifestar com sangue nas fezes. Além disso, nada impede que o paciente tenha hemorroidas e outra doença, que também curse com sangramento anal, como um câncer, por exemplo. Portanto, todo sangramento anal deve ser avaliado por um médico, escolhendo-se, preferencialmente, o proctologista.
O sangramento das hemorroidas costuma ser de pequena quantidade, mas ser for frequente, pode até levar à anemia. Já os sangramentos de grande volumes não são comuns nas hemorroidas, mas podem ocorrer em alguns casos.
Um diagnóstico diferencial importante das hemorroidas é a fissura anal. Ambas causam dor e sangramento, entretanto, o sangramento da fissura costuma ser menor e a dor ao evacuar mais intensa.
Hemorroidas podem virar câncer?
NÃO! HEMORROIDAS NÃO VIRAM CÂNCER! Contudo, os sintomas podem ser parecidos com os tumores intestinais, principalmente nos cânceres do reto e ânus. Por isso, é importante estabelecer o diagnóstico diferencial, especialmente, em pacientes maiores de 50 anos. E reforço a recomendação de que todo sangramento anal deve ser avaliado por um médico.
Ou seja, perdas de sangue vermelho-vivo durante as evacuações, prolapso (exteriorização) durante as defecações, coceira na região anal, dor e nódulo sensível são sintomas comuns, mas não necessariamente presentes, sendo importante a investigação médica.

Diagnóstico das hemorroidas

Em se tratando de hemorroidas externas, o simples exame físico é suficiente para o diagnóstico. Já sob suspeitas de serem internas, é preciso que se realize o exame de toque retal e, havendo ainda dúvidas, a anoscopia, os quais são procedimentos simples realizados, preferencialmente, pelo proctologista

Imagem: Exame de toque retal


Imagem: Anoscopia


Em pacientes idosos com sangramento pelo reto, mesmo que se identifiquem hemorroidas, é conveniente realizar a colonoscopia para se descartar outras causas. Como as hemorroidas são muito comuns nessa faixa etária, nada impede que o paciente tenha uma segunda causa para o sangramento, como um câncer do intestino ou um divertículo.

TRATAMENTO DAS HEMORROIDAS

O tratamento da doença hemorroidaria pode ser dividido entre tratamento conservador, que é feito à base de pomadas, remédios, dieta e banhos de assento, ou mesmo tratamento cirúrgico, o qual pode ser feito no próprio consultório ou em centro cirúrgico apropriado. Na maioria dos casos de hemorroidas externas e de hemorroidas internas de grau 1 ou 2, o tratamento da doença hemorroidaria é feito inicialmente de forma conservadora, sem a necessidade de cirurgia.
Vamos revisar a seguir as principais opções de tratamento para hemorroidas:
1. Tratamento conservador – Remédios e pomadas para hemorroidas
Durante as crises, os banhos de assento com água morna, duas a três vezes por dia, podem trazer alívio para os sintomas agudos. Nas grávidas sugerimos compressas úmidas mornas. Deve-se também evitar limpar o ânus com papel higiênico, dando preferência ao bidê ou a jatos de água morna.
Nas pessoas com constipação intestinal, laxantes então indicados para diminuir a necessidade de fazer força ao evacuar. A passagem de fezes muito volumosas e endurecidas pode causar lesão nas hemorroidas. Beber bastante água é importante, pois ajuda a umedecer as fezes, diminuindo a constipação.
O aumento do consumo de fibras (frutas, vegetais, cereais) comprovadamente melhora os sintomas das hemorroidas. Os resultados podem ser notados com apenas 15 dias de mudança da dieta. O uso de suplementos à base de metilcelulose ou psyllium apresenta bons resultados. Atenção, o uso de fibras não trata as hemorroidas, mas ajuda no controle dos sintomas, principalmente da coceira e do sangramento.
Pomadas e cremes para hemorroidas, como o Proctyl, Proctosan ou Xyloproct, podem ser usados temporariamente, já que servem de lubrificante para a passagem das fezes e contêm anestésicos em sua fórmula. Algumas pomadas, como Ultraproct, também contêm corticoides, o que ajuda a “secar” a hemorroida e a diminuir a inflamação. Contudo, pomadas que contenham corticoides não devem ser usadas por mais de 7 dias seguidos, já que podem causar atrofia da mucosa anal, favorecendo o aparecimento de novas feridas.  O alívio com cremes ou pomadas é apenas temporário e não deve ser usado sem orientação médica.
Supositórios com corticoides (o Ultraproct) são outra opção quando há muita dor ou coceira, porém, é um tratamento que não deve ser realizado por mais de uma semana devido aos seus possíveis efeitos colaterais.
Dos remédios para hemorroidas em comprimidos, aquele que parece ter melhor efeito é o Daflon. Ainda assim, ele apenas melhora os sintomas, não tratando definitivamente as hemorroidas. E outros remédios, como o Varicell, não apresentam eficácia comprovada.
Evitar alimentos picantes é uma dica muito famosa para quem tem hemorroidas, todavia, não há provas de que a pimenta realmente piore os sintomas. Isso deve ser avaliado individualmente. Há pacientes com hemorroidas que comem pimenta à vontade e não sentem nenhuma piora, enquanto outros juram que um pouquinho de pimenta é suficiente para “irritar” suas hemorroidas.
Em geral, os pacientes procuram muito a ajuda de pomadas para hemorroidas, quando, na verdade, o banho de assento e a mudança da dieta costumam ter eficácia semelhante por um custo muito menor e com menos riscos de efeitos colaterais.
2. Opções de tratamento minimamente invasivo para hemorroidas
Se o tratamento conservador não for suficiente para controlar os sintomas das hemorroidas, tratamentos minimamente invasivos podem ser tentados. Nestes casos, o tratamento pode ser realizado no próprio consultório do proctologista.
a) Ligadura elástica das hemorroidas

Em casos mais graves, que não conseguem ser controlados com medidas simples, pode ser necessária a laqueação elástica da hemorroida. Através da anuscopia, uma borracha é introduzida na base das hemorroidas, causando estrangulamento e necrose das mesmas. Depois de alguns dias, geralmente entre dois a quatro, a hemorroida “cai”, saindo sozinha pelo ânus junto com o elástico. É uma técnica que pode ser feita no próprio consultório do proctologista. Costuma ser indolor e muitas vezes não se usa nem anestesia. A ligadura elástica está indicada para hemorroidas de grau I e II. Eventualmente, ela pode ser usada em algumas hemorroidas grau III. É a técnica mais empregada, atualmente, e apresenta uma taxa de sucesso de 80%.
A ligadura elástica não é uma opção para hemorroidas externas, pois nesse caso, especificamente, o tratamento causa intensa dor.Em casos mais graves, que não conseguem ser controlados com medidas simples, pode ser necessária a laqueação elástica da hemorroida. Através da anuscopia, uma borracha é introduzida na base das hemorroidas, causando estrangulamento e necrose das mesmas. Depois de alguns dias, geralmente entre dois a quatro, a hemorroida “cai”, saindo sozinha pelo ânus junto com o elástico. É uma técnica que pode ser feita no próprio consultório do proctologista. Costuma ser indolor e muitas vezes não se usa nem anestesia. A ligadura elástica está indicada para hemorroidas de grau I e II. Eventualmente, ela pode ser usada em algumas hemorroidas grau III. É a técnica mais empregada, atualmente, e apresenta uma taxa de sucesso de 80%.
b) Escleroterapia das hemorroidas



Imagem: Escleroterapia das hemorroidas
Outra opção para o tratamento das hemorroidas é a escleroterapia. Essa técnica consiste na injeção, através de uma agulha longa, de uma solução química que causa necrose das hemorroidas. A substância injetada causa intensa inflamação e faz com que a hemorroida “seque” e seja absorvida.
A escleroterapia também é feita com o auxílio da anoscopia e não necessita de anestesia, pois é indolor.
c) Coagulação infravermelha das hemorroidas 
Uma terceira opção é a coagulação por infravermelho, também chamada, equivocadamente, de coagulação à laser. Assim como as técnicas anteriores, a coagulação por infravermelho é realizada com o auxílio da anoscopia e consiste na aplicação direta de ondas de infravermelho nas hemorroidas. O calor gerado por essas ondas queima a lesão e provoca a retração das hemorroidas.
Das três técnicas citadas acima, a ligadura elástica é a que apresenta os melhores resultados para hemorroidas internas de graus I, II e III.
3. Tratamento cirúrgico para as hemorroidas
Caso os sintomas da doença hemorroidaria persistam, apesar das medidas conservadoras ou minimamente invasivas, a intervenção cirúrgica deve ser indicada. Além dos casos de falha das técnicas mais simples, a cirurgia também está indicada nos pacientes com hemorroidas grau IV ou naqueles que têm hemorroidas internas estranguladas. A cirurgia também pode ser necessária para as hemorroidas grau III sintomáticas ou para os pacientes que se apresentam com hemorroidas trombosadas​.
Hemorroidectomia
A cirurgia tradicional para remoção da hemorroida é chamada de hemorroidectomia. Existem duas técnicas populares:
1. Milligan Morgan ou Ferguson, que é uma cirurgia feita sob anestesia peridural, que remove todo o tecido ao redor da região com doença hemorroidaria.
2. Técnica de Longo, que usa um dispositivo para realizar o grampeamento das hemorroidas.
A técnica de Longo é mais moderna e costuma ser mais tolerada pelo paciente, pois seu pós-operatório é bem menos doloroso.
Tratamento das hemorroidas - técnica THD
Técnica THD
THD para tratamento das hemorroidas
Uma nova opção de tratamento para hemorroidas é a desarterialização hemorroidaria trans-anal guiada por Doppler (THD), uma técnica criada em 1995 e aperfeiçoada ao longo dos últimos anos. A técnica consiste na introdução de um pequeno aparelho de doppler (ultrassom) no ânus para identificação das artérias hemorroidarias e, por meio de uma pequena agulha, essas artérias são suturadas de modo a reduzir o fluxo de sangue que chega nas regiões onde existem as hemorroidas. Chegando menos sangue, a pressão dentro das hemorroidas diminui, fazendo com que elas “sequem”.
A técnica THD não tem cortes e o risco de sangramento é muito baixo. O pós-operatório é menos doloroso que nas técnicas com cortes e há baixo índice de recidivas das hemorroidas. O tempo de recuperação é mais curto e o paciente consegue voltar às atividades normais em 48h. O procedimento é feito com anestesia local e uma leve sedação.
O THD é uma técnica relativamente nova e ainda não há trabalhos que comparem sua eficácia a longo prazo com as técnicas mais antigas, porém, a tendência é a de que se transforme no método de eleição no tratamento das hemorroidas.

sábado, 3 de agosto de 2013

Desmaio mediante situações que geram desconforto


São comuns as situações em que algumas pessoas perdem momentaneamente a consciência, em razão de ver ou sentir cheiro de sangue, imaginar cenas agressivas ao bem estar, ver agulhas, entre outras coisas que, de certa forma, geram repulsão. Segundo pesquisas, o que hoje parece inconveniente, na realidade, trata-se de um mecanismo ancestral de sobrevivência.


Assim que o bisturi do professor começa a dissecar a pele do cadáver, a estudante de Medicina desmaia. Seus colegas sentem pena, pensam que ela é frágil demais para ser médica. Mas eles estão equivocados, pois o problema da aluna não é fragilidade. Pessoas saudáveis que desmaiam ao ver algumas gotas de sangue revelam uma estratégia de sobrevivência, e não a incapacidade de suportar circunstâncias desagradáveis da vida. Trata-se de um mecanismo de adaptação inscrito nesses indivíduos pela evolução.

Durante muito tempo os médicos acreditaram que esse comportamento teria origem psíquica, isto é, seria induzido por emoções, já que não se observa causa orgânica alguma: o eletroencefalograma (EEG) parece normal, os batimentos cardíacos e a pressão arterial estão apenas um pouco elevados, e o eletrocardiograma (ECG) mostra que o coração está funcionando como deveria.


Pesquisas recentes, entretanto, evidenciam que nem todo desmaio tem origem psicológica. Nesses casos, o ritmo cardíaco torna-se mais lento, quase imperceptível, e a pressão arterial torna-se extremamente baixa, ficando, às vezes, abaixo do limiar de detecção do instrumento de medida. E ao recobrar a consciência, essas variáveis voltam rapidamente ao normal. Inclusive, poucos minutos depois, a pessoa já pode ficar em pé. Ou seja, tudo indica que ela teve um colapso circulatório ( e temporário ), sendo o termo médico para tal ocorrência denominado síncope. A perda de consciência, seja ela parcial ou completa, resulta, claramente, de processos físicos que, do ponto de vista evolutivo, parecem fazer sentido.


Nos últimos anos, a Medicina descobriu que as raízes da síncope estão no sistema nervoso autônomo   (SNA), ramo do sistema nervoso que controla o funcionamento visceral (glândulas e músculos lisos), sempre de forma automática, isto é, independentemente da nossa vontade. O SNA está dividido em dois grupos de nervos: o sistema simpático (que se origina na medula espinhal) e o parassimpático (que parte do tronco cerebral por meio do nervo vago).


O sistema parassimpático promove, entre outras tarefas, a redução do batimento cardíaco e a dilatação dos vasos, o que diminui a irrigação sanguínea. Já o simpático, faz o coração trabalhar com mais força e rapidez, aumentando a quantidade de sangue fornecida aos órgãos, bem como contrai artérias menores, o que gera uma elevação da pressão arterial.

A pessoa desmaia quando o sistema parassimpático ordena a redução do batimento cardíaco, fato que acarreta na diminuição do fluxo sanguíneo para os órgãos. É a chamada síncope vasovagal ou vasomotriz, em que se tem perda de consciência (síncope), pois os vasos (do latim “vasa”) se dilatam e o nervo vago reduz a atividade cardíaca. 



NA MEDULA



O sistema parassimpático e o nervo vago são controlados pelo tronco cerebral, ou, mais precisamente, pelos centros circulatórios (ver imagem acima) localizados na medula oblonga, que conecta o cérebro à medula espinhal. Acredita-se que um desses centros – a medula caudal da linha média (CMM, na sigla em inglês) – seja responsável pela síncope vasovagal, já que ela é capaz de estimular o nervo vago, inibindo a tal ponto o sistema simpático que a circulação fica bastante reduzida. Por meio de experimentos em animais, os pesquisadores descobriram que o nervo vago se mostra fortemente ativado nos desmaios “induzidos por sangue”, o que explicaria tanto a fraca pulsação, como também a virtual parada do coração. A inconsciência resultante é bem similar à do desmaio convencional: os batimentos cardíacos, por exemplo, ficam quase imperceptíveis, e a pressão sanguínea extremamente baixa.


A CMM é ativada sempre que o animal perde de 30% a 40% do volume de sangue (equivalente a aproximadamente 1,5 a 2 litros nos seres humanos), e a pressão sanguínea na região do tórax cai rapidamente. Como o centro circulatório obtém essa informação? Para responder tal questão, convém examinar os eventos que ocorrem após essa considerável perda de sangue. Em primeiro lugar, para assegurar que esse líquido continue sendo fornecido para o coração e outros órgãos vitais, o centro o redireciona das grandes veias próximas rumo ao coração e aos vasos pulmonares. 


A mudança proporciona uma quantidade extra de sangue capaz de manter uma adequada pressão nas artérias coronárias, pelo menos, durante algum tempo.


Mas com o contínuo esvaziamento dos vasos do tórax e a rápida queda da pressão sanguínea, os barorreceptores − sensores da pressão sanguínea localizados nas artérias coronárias e pulmonares – informam essa queda ao tronco cerebral. E quando o nível cai abaixo de um limiar crítico, a CMM sinaliza o colapso circulatório.




SEM TRANSFUSÃO

Qual a vantagem desse tipo de desmaio? Um mecanismo que paralisa o sistema circulatório já debilitado pela enorme perda de sangue não causaria danos ainda maiores? A pesquisa realizada em 2001 pelo médico Ian Roberts, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, forneceu algumas respostas. Roberts analisou estatísticas de sobrevivência de vítimas de acidente que receberam diversos tratamentos. Ele descobriu que a prática comum antigamente de se fazer transfusão de sangue em pessoas que haviam sofrido graves lesões internas geralmente causava mais dano do que benefício. 


A conclusão alcançada pelo médico foi que a transfusão aumentava a pressão sanguínea nos vasos danificados e, consequentemente, mais sangue fluía através dos ferimentos. Esse fluxo impedia a formação de coágulos e, portanto, de barreiras à hemorragia. Segundo o médico, a indução artificial de maior pressão sanguínea mediante infusão pode perturbar a capacidade natural do corpo de combater a perda de sangue. Assim, um colapso circulatório geral ordenado pelo cérebro pode ser o derradeiro esforço do corpo para deter o sangramento e se recuperar depois de uma enorme perda de sangue. E pela vantagem que esse mecanismo de emergência representa para a sobrevivência, ele foi conservado ao longo da evolução.


E o que isso tem a ver com o desmaio motivado pela simples visão de sangue? Ora, também neste caso, há um ferimento envolvido, ainda que de outra pessoa. Quando um observador vê o líquido vermelho, esse input sensorial vai dos processadores visuais do cérebro até o centro de avaliação emocional no sistema límbico para, daí, ser encaminhado à CMM. Resultado: a pessoa desmaia.


Talvez esse tipo de desmaio seja consequência da tentativa do CMM de acionar o mecanismo vasovagal, mesmo nos casos de ferimentos menores. Afinal, as chances de sobrevivência aumentam se a coagulação começar antes que ocorra uma hemorragia grave. Para isso, a reação protetora do corpo precisa ser iniciada assim que o cérebro perceba a primeira evidência de dano ao corpo. O problema é que quanto menor o limiar que desencadeia o mecanismo de colapso circulatório, maior a chance de um alarme falso, como desmaiar diante da mera visão do sangue de outra pessoa.


A ciência demonstra, portanto, que, quando uma pessoa desmaia após ver um ferimento, ela não está revelando fragilidade física, mas uma bem-sucedida estratégia de sobrevivência, ainda que isso possa causar, em certos casos, algum inconveniente.


Dois centros circulatórios distintos se localizam na extensão da medula espinhal, a chamada medula oblonga. O núcleo do trato solitário (NTS) equilibra a atividade do nervo vago e do sistema simpático para que a pressão arterial fique constante em torno de 120 mm Hg por 80 mm Hg.


O NTS é continuamente informado pelos barorreceptores situados nas principais artérias. Quando eles percebem que o volume de sangue nos pulmões está caindo, esse núcleo pode manter temporariamente constante a pressão sanguínea no resto do corpo. Para realizar essa estabilização, ele inibe o nervo vago e ativa o sistema simpático. Isso eleva a frequência cardíaca e contrai os vasos, aumentando a pressão do sangue.


Outro centro circulatório – a medula caudal da linha média (CMM, na sigla em inglês) – também é constantemente informada sobre a pressão pulmonar. Se essa cair muito (o nível crítico corresponde à perda de cerca de 1,5 litro), a CMM inibe o sistema simpático e estimula o parassimpático. Esse processo diminui a frequência cardíaca e dilata os vasos. Como resultado dessa reação, chamada vasovagal, a pressão arterial cai de forma significativa e a perda de sangue, causada por uma possível lesão, é estancada. Nos seres humanos, essa resposta pode ocorrer não só quando a pessoa é ferida, mas também quando ela simplesmente vê ou sente cheiro de sangue. Nesse caso, a CMM provavelmente é estimulada pelo sistema límbico, responsável pelo processamento das emoções.


Basicamente: desmaios são quedas causadas por um estado de semiconsciência ou inconsciência  repentinas, quando o cérebro deixa de receber a quantidade necessária de oxigênio ou açúcar para manter suas funções plenamente ativas. O desmaio pode ser ocasionado por diversas razões, como calor, longos períodos sem ingestão de alimentos, cansaço, emoções muito fortes, etc.

Identifica-se possível caso de desmaio em pessoa com palidez, pulsação baixa, suor frio, fraqueza, entre outros. Inclusive, assemelha-se em sintomas com o estado de choque (crise aguda de insuficiência cardiovascular, em que o coração e os vasos não são capazes de irrigar todos os tecidos do corpo com oxigênio suficiente).


O que fazer em caso de desmaio?

- Se a pessoa estiver prestes a desmaiar; sentá-la com a cabeça entre os joelhos e as pernas, formando um ângulo, ou deitá-la com as pernas levantadas;





-Molhar a testa da pessoa com água fria;


-Colocar um pouco de açúcar sob a língua da pessoa;

-Ventilar o ambiente;

-Se a pessoa já se encontrar desmaiada, deve-se deitá-la na PLS (Posição Lateral de Segurança, que evita que a pessoa se afogue com o próprio vômito involuntário), de preferência com a cabeça ligeiramente mais baixa que as pernas;





-Afrouxar as roupas da vítima, sem expô-la, e mantê-la de forma confortável e aquecida;

-Assim que a vítima recobrar seus sentidos, recomenda-se que lhe dê algo açucarado para tomar, a fim de que ela recupere os níveis de açucares perdidos, os quais podem ter sido a causa do desmaio (vale lembrar que o consumo excessivo de açúcar em situações extraordinárias como a de um desmaio, não acarreta em prejuízo para o organismo);

-Caso a pessoa não recupere os sentidos, deve-se administrar uma espécie de pasta feita com água e açúcar, com pouca água e mais açúcar. Esta “pasta” deve ser colocada debaixo da língua da pessoa mesmo inconsciente, e aguardar o socorro médico; 


-Não se deve administrar nada para tomar à vitima que ainda estiver inconsciente, pois ela pode se afogar ou engasgar com os líquidos, devido ao estado de inconsciência.

E lembre-se, consulte sempre o seu médico.

Dr. Saúde.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Observações sobre a série - Método de ensino PBL: a ALTERNATIVA que gera admiração e repúdio

Obs. 1: Método híbrido geralmente se refere a um processo de transição do tradicional para o PBL, até que este se configure plenamente.  

1.2: "et al" vem de "et alii", uma expressão do latim que significa "e outros".

Obs. 2: Referências citadas:
2.1 - Barrows HS, Tamblyn RM. Problem-Based Learning: an approach to medical education. New York: Springer; 1980.

2.2 - Perrenoud P. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Atmed; 2002.

2.3 - Koh GCH, Khoo HE, Wong ML, Koh D. The effects of problem-based learning during medical school on physician competency: a systematic review. Can Med Assoc J. 2008; 178(1):34-41. 

2.4 - Gomes R. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: Minayo MCS, org. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes; 2007. p.79-108.

2.5 - BARROS, N. F.; LOURENÇO, L. C. A. O ensino da saúde coletiva no método de aprendizagem baseado em problemas: uma experiência da Faculdade de Medicina de Marília. Rev. Bras. Educ. Med., Rio de Janeiro, v. 30, n. 3, dez. 2006.

2.6 - BRIANI, M. C. O ensino médico do Brasil está mudando? Rev. Bras.Educ. Med., v. 25, p. 73-77, 2001.

2.7 - FIGUEIRA, E. J. G. et al. Apreensão de tópicos em ética médica no ensino-aprendizagem de pequenos grupos: comparando a aprendizagem baseada em problemas com o modelo tradicional. Rev.Assoc. Med. Bras., v. 50, n. 2, p. 133-141, 2004.

2.8 - GADOTTI, M. Pensamento Pedagógico Brasileiro. 8. ed. São Paulo: Ática, 2004.

2.9 - GOMES, R. et al. Aprendizagem Baseada em Problemas na formação médica e o currículo tradicional de Medicina: uma revisão bibliográfica. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 33, n. 3, set. 2009.

 2.10 - HADGRAFT, R. A problem-based approach to civil engineering education. In: RYAN, G. (Ed.) Research and development in problem-based learning. Sydney: University of Sydney-MacArthur Press, p.29-39, 1993.

Obs. 3: Dr. Saúde não se responsabiliza sobre possíveis alterações de dados presentes na tabela do último capítulo da série.


Dr. Saúde

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Série - Método de ensino PBL: a ALTERNATIVA que gera admiração e repúdio - Último Capítulo



Universidade Federal do Acre - UFAC
UFAC
                   
Alagoas
Intituição
Sigla
Metodologia
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - Maceió - UNCISAL
UNCISAL
NãoTradicional
Universidade Federal de Alagoas - UFAL
UFAL
Tradicional
Amazonas
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário Nilton Lins - Manaus - UNINILTONLINS
UNINILTONLINS
                   
Universidade do Estado do Amazonas -Manaus - UEA
UEA
Tradicional
Universidade Federal do Amazonas -UFAM
UFAM
Tradicional+PET
Amapá
Intituição
Sigla
Metodologia
Universidade Federal do Amapá - UNIFAP
UNIFAP
PBL
Bahia
Intituição
Sigla
Metodologia
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - Salvador- EBMSP
EBMSP
PBL
Faculdade de Tecnologia e Ciências-Salvador/BA - FTC
FTC
PBL
Universidade do Estado da Bahia - Cabula/Salvador - UNEB
UNEB - Cabula
                    
Universidade Estadual de Feira de Santana- BA - UEFS
UEFS
PBL
Universidade Estadual de Santa Cruz- Ilheus/BA - UESC
UESC
PBL
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- Jequié - UESB
UESB
                   
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Vitória da Conquista - UESB
UESB
PBL
Universidade Federal da Bahia - UFBA
UFBA
Tradicional
Universidade Salvador - UNIFACS - BA
UNIFACS
                     
Ceará
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário Christus - UNICHRISTUS - Fortaleza/CE
UNICHRISTUS
PBL
Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte/CE - FMJ-CE
FMJ-CE
                   
Universidade de Fortaleza - CE - UNIFOR
UNIFOR
PBL
Universidade Estadual do Ceará - UECE
UECE
Universidade Federal do Ceará - UFC
UFC
Tradicional
Universidade Federal do Ceará- Campus de Barbalha - UFC
UFC
Tradicional
Universidade Federal do Ceará- Campus de Sobral - UFC
UFC
PBL
Distrito Federal
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário de Brasília - CEUB
CEUB
                  
Escola Superior de Ciências da Saúde - Brasília - ESCS
ESCS
PBL
Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central - Brasilia - FACIPLAC
FACIPLAC
Médico Generalista
Universidade Católica de Brasília
UCB
Tradicional e PBL
Universidade de Brasília - DF - UNB
UnB
Tradicional
Espírito Santo
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário do Espirito Santo- Colatina - UNESC
UNESC
PBL
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM
EMESCAM
Tradicional
Faculdade Brasileira - Vitória/ES - UNIVIX
UNIVIX
Tradicional
Universidade Federal do Espírito Santo- UFES
UFES
Tradicional
Universidade Vila Velha - ES -UVV
UVV
PBL
Goiás
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário de Anápolis - GO - UniEVANGÉLICA
UniEVANGELICA
PBL
Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC-GO
PUC-GO
PBL
Universidade de Rio Verde - FESURV - Rio Verde/GO
FESURV
PBL
Universidade Federal de Goiás - UFG
UFG
Tradicional
Maranhão
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário do Maranhão - UNICEUMA
UNICEUMA
PBL
Universidade Estadual do Maranhão- Caxias - UEMA
UEMA
Universidade Federal do Maranhão - São Luis - UFMA
UFMA
Tradicional
Minas Gerais
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário de Belo Horizonte/MG - Uni-BH
Uni-BH
                   
Centro Universitário de Caratinga -MG - UNEC
UNEC
Tradicional
Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
UNIPAM
PBL
Faculdade Atenas - Paracatu-MG - FA
FA
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana - Vespasiano - MG - FASEH
Faseh
Tradicional
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - FCMMG
FCMMG
Tradicional
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora-MG - SUPREMA
FCMS-JF
Tradicional
Faculdade de Medicina de Barbacena/MG - FUNJOB
FUNJOB
Tradicional
Faculdade de Medicina de Itajubá-MG - FMIt
FMIt
Tradicional
Faculdade de Minas BH - FAMINAS - MG
FAMINAS
                  
Faculdades Integradas Pitágoras - Montes Claros/MG - FIP-MOC
FIP-MOC
PBL
Fundação Universidade Federal de Viçosa - MG - UFV
UFV
                    
Instituto de Ciências da Saúde - Montes Claros - MG -ICS/ FUNORTE
ICS/FUNORTE
                     
Instituto Metropolitano de Ensino Superior - Ipatinga/MG- IMES/FAMEVAÇO
FAMEVAÇO
Tradicional
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC MINAS - Betim/MG
PUC MINAS
                      
Universidade de Itaúna - UIt
UIt
PBL
Universidade de Uberaba - MG - UNIUBE
UNIUBE
Tradicional
Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre/MG - UNIVAS
UNIVAS
Tradicional
Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
UNIMONTES
Universidade Federal de Juiz de Fora/MG - UFJF
UFJF
Tradicional
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
UFMG
Tradicional
Universidade Federal de Ouro Preto/MG - UFOP
Ufop
Universidade Federal de São João Del Rei - MG /Divinópolis - UFSJ
UFSJ
Tradicional
Universidade Federal de Uberlândia - MG - UFU
UFU
Transição Tradicional - PBL
Universidade Federal do Triângulo Mineiro - Uberaba - UFTM
UFTM
Tradicional
Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/ Alfenas/MG
UNIFENAS
Tradicional
Universidade José do Rosário Vellano - Belo Horizonte/MG - UNIFENAS/BH
UNIFENAS-BH
PBL
Universidade Presidente Antonio Carlos - MG - UNIPAC/Araguari
FAME-UNIPAC
                   
Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC /Juiz de Fora
UNIPAC
Mato Grosso do Sul
Intituição
Sigla
Metodologia
Universidade Anhanguera-Uniderp - MS - UNIDERP
UNIDERP
PBL
Universidade Federal da Grande Dourados - MS - UFGD
UFGD
Tradicional
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul- Campo Grande - UFMS
UFMS
Tradicional
Mato Grosso
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário de Várzea Grande - MT
CUVG
                  
Universidade de Cuiabá/MT - UNIC
UNIC
Tradicional
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
UNEMAT
                    
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
UFMT
PBL
Pará
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário do Estado do Pará - PA - CESUPA
CESUPA
PBL
Universidade do Estado do Pará - Belem/PA - UEPA
UEPA
Tradicional
Universidade do Estado do Pará - Santarém/PA - UEPA
UEPA
PBL
Universidade Federal do Pará - UFPA
UFPA
Tradicional
Paraíba
Intituição
Sigla
Metodologia
Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba/J.Pessoa/PB - FCMPB
FCMPB
Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - PB - FCM
FCM
Tradicional
Faculdade de Medicina Nova Esperança- J.Pessoa/ PB - FAMENE
FAMENE
Tradicional
Faculdade Santa Maria - FSM - Cajazeiras/PB
FSM
PBL
Universidade Federal da Paraíba - J. Pessoa - UFPB
UFPB
Tradicional
Universidade Federal de Campina Grande - Cajazeiras/PB (UFCG)
UFCG
Tradicional
Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
UFCG
Tradicional
Pernambuco
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário Mauricio de Nassau - UNINASSAU - PE
UNINASSAU
Faculdade Pernambucana de Saúde/Recife - FPS
FPS
PBL
Universidade de Pernambuco-/Recife - UPE
UPE
Tradicional
Universidade de Pernambuco/Garanhuns - UPE
UPE-Garanhuns
                    
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
UFPE
Tradicional
Universidade Federal do Vale do São Francisco/Petrolina/PE - UNIVASF
UNIVASF
Tradicional
Piauí
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnologia do Piauí - NOVAFAPI
UNINOVAFAPI
Tradicional
Faculdade Integral Diferencial-Piaui - FACID
FACID
Universidade Estadual do Piauí - Teresina - UESPI
UESPI
Tradicional
Universidade Federal do Piauí - UFPI
UFPI
Tradicional
Paraná
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário de Maringá - CESUMAR
CESUMAR
PBL
Faculdade Assis Gurgacz - Cascavel/PR - FAG
FAG
                  
Faculdade Evangélica do Paraná - Curitiba - FEPAR
FEPAR
Tradicional
Faculdade Ingá -Maringá/PR - UNINGÁ
UNINGÁ
Tradicional
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curitiba - PUCPR
PUCPR
PBL
Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Londrina - PUC PR
PUC PR
                    
Universidade Estadual de Londrina - PR - UEL
UEL
PBL
Universidade Estadual de Maringá/PR - UEM
UEM
Tradicional
Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG - PR
UEPG
                   
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE - Francisco Beltrão
UNIOESTE - Francisco Beltrão
                    
Universidade Estadual do Oeste do Paraná- Cascavel - UNIOESTE
UNIOESTE
Tradicional
Universidade Federal do Paraná - Curitiba - UFPR
UFPR
Tradicional
Universidade Positivo- Curitiba/PR - UP
UP
Rio de Janeiro
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro de Ensino Superior de Valença- RJ - CESVA
CESVA
Tradicional
Centro Universitário de Volta Redonda- RJ - UNIFOA
UniFOA
                  
Centro Universitário Serra dos Órgãos - Teresópolis/RJ - UNIFESO
UNIFESO
PBL
Escola de Medicina Souza Marques - Rio de Janeiro/RJ - EMSM
EMSM
Tradicional
Faculdade de Medicina de Campos - RJ - FMC
FMC
                     
Faculdade de Medicina de Petrópolis - Fundação Otacílio Gualberto - FMP
FMP
Tradicional
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
UERJ
Tradicional
Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy - Duque de Caxias/RJ- UNIGRANRIO
UNIGRANRIO
Tradicional
Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy - RJ - UNIGRANRIO
UNIGRANRIO
Tradicional
Universidade Estácio de Sá - RJ - UNESA
UNESA
Tradicional
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/RJ - UNIRIO
UNIRIO
Tradicional
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
UFRJ
Tradicional
Universidade Federal do Rio de Janeiro/Macaé - UFRJ
UFRJ/Macaé
                    
Universidade Federal Fluminense - RJ - UFF
UFF
Tradicional
Universidade Gama Filho - RJ - UGF
UGF
                    
Universidade Iguaçu - Itaperuna/RJ - UNIG
UNIG
Tradicional
Universidade Iguaçu -Nova Iguaçu - RJ - UNIG
UNIG
Tradicional
Universidade Severino Sombra - Vassouras RJ - USS
USS
Tradicional
Rio Grande do Norte
Intituição
Sigla
Metodologia
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Mossoró/RN - UERN
UERN
Tradicional
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
UFRN
Tradicional
Universidade Potiguar -RN - UnP
UnP
Tradicional
Rondônia
Intituição
Sigla
Metodologia
Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal - RO - FACIMED
FACIMED
Tradicional
Faculdade São Lucas - Porto Velho-RO - FSL
FSL
Tradicional
Faculdades Integradas Aparício Carvalho- Porto Velho/RO - FIMCA
FINCA
Tradicional
Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR
UNIR
Tradicional
Roraima
Intituição
Sigla
Metodologia
Universidade Federal de Roraima - UFRR
UFRR
PBL
Rio Grande do Sul
Intituição
Sigla
Metodologia
Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS
PUCRS
Novo / Modular
Universidade Católica de Pelotas-RS
UCPEL
Tradicional
Universidade de Caxias do Sul/RS - UCS
UCS
Tradicional
Universidade de Passo Fundo/RS - UPF
UPF
Tradicional
Universidade de Santa Cruz do Sul - RS -UNISC
UNISC
Universidade Federal da Fronteira Sul - Passo Fundo - RS
UFFS
                  
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - RS - UFCSPA
UFCSPA
Tradicional
Universidade Federal de Pelotas - UFPel
UFPel
Tradicional
Universidade Federal de Santa Maria - RS - UFSM
UFSM
Tradicional
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
UFRGS
Tradicional
Universidade Federal do Rio Grande/RS - FURG
FURG
Tradicional
Universidade Luterana do Brasil - Canoas - RS - ULBRA
ULBRA
Tradicional
Santa Catarina
Intituição
Sigla
Metodologia
Universidade Comunitária Regional de Chapecó/SC - UNOCHAPECÓ
UNOCHAPECO
Modular
Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
UNIVILLE
Tradicional
Universidade do Extremo Sul Catarinense/RCT - Criciúma - UNESC/RCT
UNESC/RCT
PBL
Universidade do Oeste de Santa Catarina - Joaçaba - UNOESC
UNOESC
Tradicional
Universidade do Planalto Catarinense - Lages - UNIPLAC
UNIPLAC
PBL
Universidade do Sul de Santa Catarina - Palhoça/SC - UNISUL
UNISUL
Tradicional
Universidade do Sul de Santa Catarina- Campus Tubarão - UNISUL
UNISUL
Tradicional
Universidade do Vale do Itajaí - SC - UNIVALI
UNIVALI
Tradicional
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
UFSC
Universidade Regional de Blumenau - SC - FURB
FURB
Tradicional
Sergipe
Intituição
Sigla
Metodologia
Universidade Federal de Sergipe - UFS
UFS
Tradicional
Universidade Federal de Sergipe - UFS - Campus Lagarto
UFS - Campus de Lagarto
                 
Universidade Tiradentes - SE - UNIT
UNIT
PBL
São Paulo
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário Barão de Mauá- Ribeirão Preto - SP - CUBM
CUBM
Tradicional
Centro Universitário de Araraquara-SP - UNIARA
UNIARA
Centro Universitário de Votuporanga - UNIFEV - SP
UNIFEV
                  
Centro Universitário Lusíada- Santos - UNILUS
UNILUS
Tradicional
Centro Universitário São Camilo - São Paulo/SP - SCAMILO
São Camilo
PBL
Faculdade Ceres - FACERES - S.José do Rio Preto - SP
FACERES
                  
Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata - FCSB
FCSB
                   
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo/SP - FCMSCSP
FCMSCSP
Faculdade de Medicina de Jundiaí-SP - FMJ
FMJ
Tradicional
Faculdade de Medicina de Marília-SP - FAMEMA
FAMEMA
PBL
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto -SP - FAMERP
FAMERP
Tradicional
Faculdade de Medicina do ABC -Santo André/SP - FMABC
FMABC
Tradicional
Faculdade Santa Marcelina - FASM
FASM
                 
Faculdade São Leopoldo Mandic - FSLM
FSLM
                  
Faculdades Integradas Padre Albino - Catanduva - SP - FAMECA/FIPA
FAMECA - FIPA
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-CAMPINAS
PUC-CAMPINAS
PBL+Tradicional
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - Campus Sorocaba- PUC-SP
PUCSP- Sorocaba
Tradicional+PBL
União das Faculdades dos Grandes Lagos - UNILAGOS - S. José do Rio Preto - SP
UNILAGO
           
Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo/SP - UAM
UAM
PBL
Universidade Camilo Castelo Branco- Fernandópolis/SP - UNICASTELO
UNICASTELO
Tradicional
Universidade Cidade de São Paulo - UNICID
UNICID
PBL
Universidade de Franca - UNIFRAN
UNIFRAN
           
Universidade de Marília/SP - UNIMAR
UNIMAR
Universidade de Mogi das Cruzes - UMC
UMC
            
Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
UNAERP
PBL
Universidade de Santo Amaro - SP - UNISA
UNISA
Tradicional
Universidade de São Paulo - Campus Ribeirão Preto - USP-RP
FMRP-USP
Tradicional
Universidade de São Paulo - Campus São Paulo - USP-SP
FMSP-USP
Tradicional
Universidade de Taubaté - UNITAU
UNITAU
Universidade do Oeste Paulista - Presidente Prudente - UNOESTE
UNOESTE
Tradicional
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
UNICAMP
Tradicional  
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Botucatu/SP - UNESP
UNESP
Tradicional
Universidade Federal de São Carlos - SP - UFSCAR
UFSCAR
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
UNIFESP
Tradicional
Universidade Metropolitana de Santos - SP - UNIMES
UNIMES
Tradicional
Universidade Nove de Julho - São Paulo - UNINOVE
UNINOVE
Tradicional
Universidade São Francisco - Bragança Paulista - USF
USF
Tradicional/PBL
Tocantins
Intituição
Sigla
Metodologia
Centro Universitário Unirg - GurupiTO - UNIRG
UNIRG
Tradicional
Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaina - TO - FAHESA/ITPAC
FAHESA/ITPAC
Tradicional